A concha que o mar trouxe ficou a teus pés
a água da maré embalando a dança.
Os teus pés na água são inspiração que me alcança
os dias já passados, outras praias e marés.
Lembras-te, amor
das nossas tardes de verão
em que o sol morria nos teus olhos
e o mar chamava-se canção?
Canção de embalar
de sentir o abraço e o calor
que o sol depositava em nossos sonhos
de esperança e amor.
Hoje restam apenas as conchas
que na praia a teus pés vêm ficar.
Nada de sonho ou esperança
que se possa ainda alcançar.
E restamos nós
calados e distantes.
A sede de amor que une amantes
secou a nossa voz.
Miguel Afonso
4 comentários:
Que bela poesia!
Senti falta deste espaço... Aproveitarei as férias para repor o tempo em que estive distante.
Abraço!
http://minhasletrasaqui.blogspot.com/
Gostei desta poesia.
Desejo que esteja bem.
Quero desejar-lhe a si e à sua Família
um Feliz Natal.
Bj.
Irene Alves
Restam as conchas e as marés...
Lindo e inspirado poema! Um espaço poético tão a meu a meu gosto. Um beijo. Ailime
Enviar um comentário