Vou pensar em vez de agir
vou acalmar o coração.
Todas as vezes em que agi sem pensar
senti a dor de te fazer sofrer.
Arrependida a alma.
Arrependidos os sentidos.
Arrependido de agir levianamente
eu seguia com o olhar as tuas mãos.
As tuas mãos não conseguem esconder a dor que sentes.
Contorcem-se. Tentam esconder-se.
Retorcem-te os cabelos.
Mas eu sei bem por que o fazem:
para disfarçarem a angústia,
a saudade, a nostalgia de amar
e não terem um rosto para acariciar.
Desta vez, vou pensar antes de agir.
Vou deixar-me abraçar.
Miguel Afonso
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
domingo, 27 de janeiro de 2013
Aroma de sargaços
Trazias as madrugadas
presas entre os dedos
as noites soltas nos cabelos
nos olhos toda a imensidão do mar.
Eu esperava-te no tempo
para te aconchegar nos braços
e contigo navegar.
Sereia adormecida
que nos sonhos se entregava à vida
e no tempo me chamava
eu queria ser esses sargaços
que te envolviam nos seus laços
quando o sono te embalava.
No tempo te busquei
quando a eternidade prometia
o que o sonho jamais prometeu.
Navegante de sonhos me fazia
entre as negras brumas e neblinas
em que a tua alma se escondeu.
Procuravas-me?
Jamais me procuraste.
Passaste por acaso nesta estrada.
Eu estendi os braços e os sentidos
e libertei de ti as madrugadas
dando às noites o que a elas pertencia.
Os sonhos, as marés do teu olhar
as tempestades... tudo devolvi
que o tempo já deixou de te afagar.
E é agora nos meus braços
que sentes o aroma dos sargaços
nos meus olhos vês a imensidão do mar.
Miguel Afonso
presas entre os dedos
as noites soltas nos cabelos
nos olhos toda a imensidão do mar.
Eu esperava-te no tempo
para te aconchegar nos braços
e contigo navegar.
Sereia adormecida
que nos sonhos se entregava à vida
e no tempo me chamava
eu queria ser esses sargaços
que te envolviam nos seus laços
quando o sono te embalava.
No tempo te busquei
quando a eternidade prometia
o que o sonho jamais prometeu.
Navegante de sonhos me fazia
entre as negras brumas e neblinas
em que a tua alma se escondeu.
Procuravas-me?
Jamais me procuraste.
Passaste por acaso nesta estrada.
Eu estendi os braços e os sentidos
e libertei de ti as madrugadas
dando às noites o que a elas pertencia.
Os sonhos, as marés do teu olhar
as tempestades... tudo devolvi
que o tempo já deixou de te afagar.
E é agora nos meus braços
que sentes o aroma dos sargaços
nos meus olhos vês a imensidão do mar.
Miguel Afonso
Subscrever:
Mensagens (Atom)