sábado, 4 de fevereiro de 2012

Nada além das estrelas

A lua é uma grande preguiça
que me cerca e enche de luar
ao mesmo tempo que derriça
sonhos que me recuso a sonhar.

Nada além das estrelas
da espera pelo além
do sol que bate nas janelas
de um destino que jamais se tem.

O ruído transforma-se em barulho
que me atola a mente e modifica
as ondas deste mar em que marulho
numa ânsia de versos que me pica.

Nada além das estrelas
da espera angustiada e indisposta
que me impede de ver o brilho delas
e subjuga o amor a uma aposta.

Miguel Afonso

3 comentários:

Felipa Monteverde disse...

Nada além das estrelas, tudo no coração...

Tem um selinho para si no meu blog Cristo Sempre.
Bj

Daniel C.da Silva disse...

MIguel: podes tratar-me por tu :) I'm not that old ;) Poucos amigos? Que disparate :P Às vezes dois ou três são melhores que muitos ;) Quantidade não é sempre qualidade.

Por falar em qualidade: isto de escrever em rima tem que se lhe diga, e tu consegue-lo bem :) Parabéns :)

Ah, é verdade! Já que recebeste um selo, aqui vai um patra ti: passa na minha página e saca o selo "Prémio Sair das Palavras". É só para amigos :)

Hugs

Isabela disse...

Estrelas são a m inha paixão...
Lindíssimo poema!