Passeio ao pé do mar nesta tarde de Outono
neste domingo triste, neste dia de solidão
o meu coração é um mendigo ao abandono
que estende à caridade a sua mão.
Mendigando amor vou perseguindo uma ilusão
olhando as ondas, vendo as vagas a crescer...
e dentro do meu ser cresce esta dor e esta paixão
e nos olhos se me espraia este sofrer.
O mar entende-me... e aceita estes desabafos
escuta e compreende o que sinto e o que lhe digo
sabe como anseio o doce toque dos teus braços
entende como sofro por não poder estar contigo...
Perdoa, amor, se te maço ao dizer isto
se te aborreço com os meus devaneios
mas recordar-te é algo a que não resisto
quando ao pé do mar dou estes passeios...
MIGUEL AFONSO
2 comentários:
Passeios ao pé do mar...
ó quem me dera fazê-los
sentir o vento no rosto
a esvoaçar-me os cabelos...
Também gosto do mar... Como está longe daqui, por vezes, é no campo que deixo os meus devaneios...
Embora a saudade, o poema revela a serenidade, a voz que ecoa junto desse mar.
beijinho
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