segunda-feira, 5 de abril de 2010

Oceanos

Procuro libertar este sentido
Nas marés de um certo mar.
Desconheço-me… quem sou ou tenho sido
Neste sonho a naufragar.

Mas não invento fados ou castigo
Que me guiariam devagar
Pelas gigantescas ondas de um bramido
Do meu peito… onde a fome é navegar…

Navegar sem ter barco ou navio
Pelos mares e oceanos de um lugar
Aonde ninguém vai ou terá ido
E onde a minha alma quer chegar…

MIGUEL AFONSO

Sem comentários: