quinta-feira, 3 de maio de 2012

Olhos de mel


Eram suaves, os teus olhos,
suavíssimos na sua cor de mel
envolvendo os meus, e a noite escura
para longe fugia e o sol nascia.

Nascia nos teus olhos, qual estrela
que no horizonte espreita a luz do dia.

Suaves, os teus olhos,
melosamente olhando os meus,
esperando mil carícias no teu rosto
onde me refugiava e esquecia
o que me trazia a luz do dia.

Eram suaves, os teus olhos,
enamorados, ternos, confiantes
e eu ao olhá-los percebia
que em todo o Universo não havia
outros assim, loucos e amantes.

Enamorei-me deles, e colei
na minha pele o gosto à tua pele
entranhou-se em mim tamanha dor
que em todas essas noites, nesse ardor
era aos teus olhos que eu me entregava
era a eles que eu jurava amor.

Eram suaves, os teus olhos
suavíssimos na sua cor de mel
e passados estes anos, eu te juro,
ainda os sinto cravados na pele
e ainda os olho com o mesmo ardor
dessas noites de intenso amor...

Miguel Afonso

1 comentário:

Gisa disse...

Muito bonita tua escrita. Gosto e fico.
Um grande bj querido amigo