É na noite que mais te procuro.
É a ela que pergunto por ti
neste leito onde me torturo,
nesta cama onde morri.
Já não estás aqui. E eu
sinto-me tão só e abandonado
que todo o meu ser arrefeceu
e o meu coração está gelado.
Partiste. O que era nós findou.
Findaram nossas noites, nossos dias.
E na noite procuro quem eu sou,
quem se foi nessa noite em que partias.
Mas a noite finge não saber,
nada saber de ti... e não responde.
Apenas agasalha o meu sofrer
e nas suas asas te esconde.
Miguel Afonso
3 comentários:
Um pouco triste e melncólico como a solidão seu poema, mas muito bonito também.Parabéns.
O que comentar de em um poema tão completo? Apenas o quão lindo é. Parabéns!
Minhas queridas, agradeço as lindas palavras.
Beijos às duas
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