A sereiazinha estremeceu:
que mar era aquele?
Que ondas tão gigantes a levavam
para longe dele?
Estremecia e receava
aquele mar selvagem
que para longe levava
a sua imagem.
Tremia e olhava o mar
mergulhava nas marés
com vontade de chorar
como nunca o fez.
Que mar era aquele
que o seu peito alagava
e através da sua pele
a atormentava?
Lágrimas e mágoas
enchiam o seu peito
num mar de estranhas águas
onde tinha o seu leito.
E só pensava nele
num príncipe encantado
que doce rosto aquele,
que olhar abençoado.!
Ela viu-o e chorou
de amor e de paixão
e depois mergulhou
como num turbilhão.
E o mar enfurecido
para longe a levava
do rosto tão querido
pelo qual chorava...
MIGUEL AFONSO
2 comentários:
A Vida é um oceano, o qual nós precisamos aprender a nadar.
Manter-se atento a tempestade para um fim triste não ter que suportar.
Que bom revê-lo por aqui!
E ainda hoje me fascinam as sereias!:)
Naveguei nas palavras, ao colo dessas ondas!
Beijinho
Enviar um comentário