Quando as marés eram o reino em que vivias
e eu um príncipe, quebrando a barreira dessas águas,
a vida era o silêncio que calava
toda a imensidão das minhas mágoas.
Fui nostalgia, quebrando as marés
na ansiedade de te ter junto a mim
sem sequer saber ou desvendar
esse reino escondido em teu jardim.
Tu foste um sonho alado
que já bateu as asas e voou
e eu fiquei retido no passado
que daqui se foi e não voltou.
Tu vivias escondida no teu reino
e eras fada ou feiticeira
eu era apenas príncipe encantado
que nos teus olhos via a vida inteira.
E foi assim, assim era este amor
um amor que foi amaldiçoado
encanto que nasceu pra ser quebrado
maldição que me era bênção e louvor.
Eram as marés esse teu reino
eram as marés o teu refúgio…
E eu era príncipe inexperiente
tentando navegar, ser um marujo
nesse teu mar de sonho sempre ausente
quebrando as barreiras
subindo amargas ondas
nas revoltas águas de um mar sujo…
E o tempo passou…
O mar em que vivias já secou
teu reino dissipou-se e já não és
rainha do meu sonho, que findou
levando a minha alma… e pisou
todas as minhas mágoas aos teus pés…
MIGUEL AFONSO
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Namoro
Não deixes que o teu sorriso
Morra na boca onde mora
Tua alegria é meu siso
Tua boca minha amora
E quando vejo esse riso
Toda a minh’alma o devora.
Todo o meu ser se enamora
Dos teus beijos, tua sina
Do teu olhar de menina
Da tua boca marota
Do teu jeito de garota
Que me prende e me domina.
Miguel Afonso
Morra na boca onde mora
Tua alegria é meu siso
Tua boca minha amora
E quando vejo esse riso
Toda a minh’alma o devora.
Todo o meu ser se enamora
Dos teus beijos, tua sina
Do teu olhar de menina
Da tua boca marota
Do teu jeito de garota
Que me prende e me domina.
Miguel Afonso
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